Passou uma semana em que eu não conseguia pensar outra coisa se não fosse a chegada do violão e... o violão chegou...
O violão chegou e eu passei do estado feliz pra cacete pra frustrado. Ele tava com a corda arrebentada, arranhado e com o braço todo torto... Aí foi foda, fui na loja trocar ele por um decentezinho.
Quando cheguei lá pra trocar, já meio traumatizado, peguei o violão pra testar e ver se tava trastejando, (trastejar = fazer som escroto quando se toca a corda muito forte devido à mesma que bate nos trastes enquanto vibra) e tava...
Aí eu falei com o vendedor que tava dando pau na paradinha, e ele veio com mó cara de "xá comigo que eu sou fodão" e falou: "Tudo é uma questão de regulagem." (É uma bicha né?)
E pegou uma chavezinha estranha, começou a mecher num buraco no final do braço do violão, e me disse:
"Não te aconselho a fazer isso sozinho não tá?"
Aí beleza... eu peguei o violão e aparentemente tava maneiro, não trastejava nem a pau.
Ao longo do tempo enquanto tocava fui notando uma dificuldade grande pra fazer pestana nele, no início achei que era por causa das cordas de aço mas depois vi que não era. As cordas estavam altas, muito altas, e isso foi começando a tornar o ato de tocar violão não mais satisfatório, e sim cansativo. Daí comecei a procurar coisas sobre o assunto na internet, como abaixar as cordas e tal... E aí comecei a ler coisas sobre o tensor. (nome legal né?)

Na época vi que dependendo de qual sentido se girar a chave no tensor, ou seja, se ele for apertado ou solto, a curvatura dele se altera. Acho que a relação de sentido em que se gira a chave e a reação do tensor ficando côncavo ou convexo varia conforme o tipo do tensor. Até hj eu não sei direito como funciona essa peça. Mas seguindo em frente:
"Este é um componente que exige experiência para ajustes. Um tensor mal utilizado causa sérios danos ao braço do instrumento. Não deixe de consultar um luthier de confiança."
Depois de ler trolhocentos avisos como esse nos fóruns relacionados ao tensor, eu fiquei com mó cagaço de tentar mecher, tinha gente que dizia que o braço corria o risco de quebrar e tudo. Ou seja, não ia ser uma parada muito empolgante ver o braço do seu violão novo explodindo e depois você ficando com aquela cara de bunda clássica do "fiz merda".
Resumindo a história porque acho que to falando muito de novo: eu resolvi parar de zezice e tentar regular logo o tensor pra ver se a s cordas abaixavam e eu ficava feliz.
Eu afrouxei as cordas, porque tinha lido que tinha que afrouxar antes de mecher nele, e coloquei a chave, suando frio. Segundo alguns fóruns que eu vi na internet meu tensor estava solto demais, então fui apertar, girando no sentido horário e, no primerio 1/4 de volta (o aconselhável pros zés que não sabem mecher), o violão fez um barulho esquisito pra cacete, meio estridente e agudo, só pra aumentar meu medo.. Mas a partir daí eu continuei apertando até as cordas ficarem numa altura que não trastejasse e não ficassem muito altas.. (eu penei pra chegar nesse equilíbrio, e mesmo assim ele ainda trasteja se tocar monstramente)
O braço não explodiu olha que legal, hoje volta e meia eu dou uma mexida no tensor.
Mas pra falar a verdade nem eu sei se to fazendo certo, provavelmente não... rsrs
Eu sei que tem o risco todo do braço quebrar, mas acho que tendo cuidado e pesquisando bastante antes de fazer alguma coisa o risco diminui.
Então, chegando aqui no fim do post, aconselho quem tiver dúvidas sobre isso pesquisar bastante na internet, e se for possível tirar dúvidas com um luthier, que é o cara fodão que entende tudo de violão (até rimou haha).
Esse site ensina passo a passo sobre a regulagem do tensor: http://acordesdeviolao.com.br/2010/02/13/regulagem-de-violao/
Deixo também o link de dois videos muito bons que esclarecem muitas dúvidas sobre o assunto:
http://www.youtube.com/watch?v=6jLL_vzqjrY
http://www.youtube.com/watch?v=fGjqCNkDpCM
Falou pessoal, só pra compartilhar a minha aventura tensoriana podre com vocês.
Abraço, João Victor